Minha Opinião

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Contra-mão


É uma questão até meio delicada.
Mas creio que a pergunta certa seria: Por que agora pode?
Estou falando do caso da empresa do trilionário Eike Batista, a EBX, que deseja instalar um estaleiro numa das bacias mais lindas da Grande Florianópolis, em Biguaçú.
Um estudo de impacto ambiental realizado pela unidade regional ICMBio, concluiu que o empreendimento provocaria forte impacto na Reserva Biológica do Arvoredo, Estação ecológica dos Carijós e Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim.
Como esse estudo foi de contra as intenções políticas do Município de Biguaçú, pois esse empreendimento é de grande porte, fazendo ´"crescer" o número de empregos na região e, claro, um grande vulto de arrecadação houve uma grande movimentação a nível estadual e até federal, para desqualificar esse estudo.
Mas, então, por que agora pode?
Lembro que há pouco tempo atrás, uma empresa de Palhoça, fabricante de lanchas, tentou se instalar no mesmo município mas teve sua licença frustrada por causa impacto ambiental.
Claro que essa empresa não tem o projeto tão grandioso como a de Eike Batista, muito menos a influência. 
Mas não seria isso, uma atenuante contra o trilionário?
Afinal, como podemos ver no estudo da ICMBio, impactará em três reservas o magnífico projeto.
Mas o título dessa opinião não tem tanto a ver com essas informações, mas sim, com o fato de tal projeto ir na contra-mão a tendência ambientalista que vivemos.
E por favor, não venham me dizer que os políticos, que se envolveram nessa causa, estão em favor do bem estar da população, do grande número de emprego, do relativo incremento no comércio local, e no enriquecimento do município com esse empreendimento.
Pelo menos eu, sei que não é isso. Essa luta já está sendo travada há tempo, e somente agora, próxima as eleições, foi que vieram interceder.
Temos tantos exemplos do tal "controle" sobre as atividades impactantes. Como essa, que vive os Estados Unidos, com o rompimento da plataforma. 
Quanta vida marinha mais precisa ser afetada?
Claro que o caviar dos interessados, acabará mais tarde do que as nossas sardinhas. Mas o certo, e que acabará.